sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Quando eu morrer

Toda vez que alguém que a gente gosta morre, começamos a pensar na vida. Se tudo feito até então valeu a pena, e como eu gostaria de ter vivido, se tivesse outra chance.
Dizem que São Francisco de Assis estava regando as flores, quando alguém lhe perguntou:
- O que você faria se fosse morrer amanhã?
E ele respondeu:
- Exatamente o que estou fazendo agora.
Ele sabia viver como queria.
Infelizmente, minha resposta não seria a mesma. Provavelmente eu me queixaria de não estar em alguma praia paradisíaca e perder horas sentada em uma cadeira na sala de aula estudando, ou trancada em outra sala, no estágio, enquanto a vida passa lá fora.
Mas então, por que não estou na praia? Já ensaiei mil desculpas pra responder a essa pergunta – pra mim mesma: é a falta de dinheiro; a faculdade que ainda não terminou; a distância da família…
Mas desejo que essa seja uma reflexão ainda mais profunda que ir ou não morar na praia. Quem sentiria saudades se você partisse? Quantos amigos você deixou? Quais lembranças eles têm de você? Fez tudo o que desejou fazer?
Parece que não se trata apenas da morte. E sim de como vivemos a vida.
Sou espírita, tenho certeza da reencarnação, e isso me proporciona uma paz enorme.
Mas ainda assim, acredito que cada existência é uma experiência única. Nunca mais tudo será exatamente igual, terei outro corpo, outra família – talvez formada pelas mesmas pessoas, mas ainda assim diferente, viverei em outro lugar. Nada será como antes.
E você, como tem vivido?

Nenhum comentário:

Postar um comentário