Toda
vez que alguém que a gente gosta morre, começamos a pensar na vida.
Se tudo feito até então valeu a pena, e como eu gostaria de ter
vivido, se tivesse outra chance.
Dizem
que São Francisco de Assis estava regando as flores, quando alguém
lhe perguntou:
- O
que você faria se fosse morrer amanhã?
E
ele respondeu:
-
Exatamente o que estou fazendo agora.
Ele
sabia viver como queria.
Infelizmente,
minha resposta não seria a mesma. Provavelmente eu me queixaria de
não estar em alguma praia paradisíaca e perder horas sentada em uma
cadeira na sala de aula estudando, ou trancada em outra sala, no
estágio, enquanto a vida passa lá fora.
Mas
então, por que não estou na praia? Já ensaiei mil desculpas pra
responder a essa pergunta – pra mim mesma: é a falta de dinheiro;
a faculdade que ainda não terminou; a distância da família…
Mas
desejo que essa seja uma reflexão ainda mais profunda que ir ou não
morar na praia. Quem sentiria saudades se você partisse? Quantos
amigos você deixou? Quais lembranças eles têm de você? Fez tudo o
que desejou fazer?
Parece
que não se trata apenas da morte. E sim de como vivemos a vida.
Sou
espírita, tenho certeza da reencarnação, e isso me proporciona uma
paz enorme.
Mas
ainda assim, acredito que cada existência é uma experiência única.
Nunca mais tudo será exatamente igual, terei outro corpo, outra
família – talvez formada pelas mesmas pessoas, mas ainda assim
diferente, viverei em outro lugar. Nada será como antes.
E
você, como tem vivido?
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