Eu adoro calor... o sol tocando minha pele, aquele quentinho gostoso no rosto e um vento pra refrescar. Mas hoje está calor mesmo, daqueles dias em que a gente pinga suor se ficar dentro de casa. Pois eu estava. Resolvi organizar os velhos álbuns de fotografia.
Dificilmente os vejo. Tive uma vida muito feliz [e ainda tenho]. Só que prefiro evitar a nostalgia, e relembrar o que não volta. Às vezes isso causa uma pontinha de tristeza. Eu nunca mais serei aquela criança de olhos brilhantes que faz pose pra foto, nem meus pais serão casados outra vez, e nenhum de nós que está ali voltará a ser jovem. Por isso tudo, a fotografia me fascina. Ela é mais eficiente que nós ao guardar as recordações.
Com o passar dos anos, muita coisa se apaga da nossa memória, embora ainda possamos nos lembrar mais nitidamente de outras. Mas, quando certos momentos são registrados em uma foto, e depois de muito tempo podemos vê-la, aquelas mesmas emoções que sentimos voltam a palpitar no nosso coração. Talvez isso explique porquê preferimos registrar os momentos felizes.
Ah... maldita câmera digital. Quantos momentos desses ficaram perdidos em algum lugar do passado. Antes eram 36 oportunidades, de cada vez, para registrar a vida. E ainda que não ficássemos tão bem, não importava. Hoje, há milhões de registros que dificilmente são revelados. Fazemos poses, alteramos as imagens para que fiquem melhores aos olhos dos outros, e esquecemos que a lembrança é da gente, não deles. E é pra nós que ela importa mais.
Hoje, ao rever tanta vida que tem significado pra mim, não fiquei triste. Senti gratidão pelo que passou. Além disso, me deu um friozinho na barriga ao pensar em todos os bons momentos que ainda virão para serem registrados. A vida é curta demais para não ser vivida com alegria e para não ser eternizada em uma foto.
Assim, com esse sentimento de que é preciso viver e ser feliz, saí com minha prima debaixo do sol escaldante e fomos comprar picolés. Quando voltamos pra casa, naqueles poucos instantes em que saboreávamos as delícias feitas de leite entre as conversas com nossos avós e a insistência do Scooby para que déssemos mais picolé a ele, pensei que esse era um bom dia para ser lembrado.
Dificilmente os vejo. Tive uma vida muito feliz [e ainda tenho]. Só que prefiro evitar a nostalgia, e relembrar o que não volta. Às vezes isso causa uma pontinha de tristeza. Eu nunca mais serei aquela criança de olhos brilhantes que faz pose pra foto, nem meus pais serão casados outra vez, e nenhum de nós que está ali voltará a ser jovem. Por isso tudo, a fotografia me fascina. Ela é mais eficiente que nós ao guardar as recordações.
Com o passar dos anos, muita coisa se apaga da nossa memória, embora ainda possamos nos lembrar mais nitidamente de outras. Mas, quando certos momentos são registrados em uma foto, e depois de muito tempo podemos vê-la, aquelas mesmas emoções que sentimos voltam a palpitar no nosso coração. Talvez isso explique porquê preferimos registrar os momentos felizes.
Ah... maldita câmera digital. Quantos momentos desses ficaram perdidos em algum lugar do passado. Antes eram 36 oportunidades, de cada vez, para registrar a vida. E ainda que não ficássemos tão bem, não importava. Hoje, há milhões de registros que dificilmente são revelados. Fazemos poses, alteramos as imagens para que fiquem melhores aos olhos dos outros, e esquecemos que a lembrança é da gente, não deles. E é pra nós que ela importa mais.
Hoje, ao rever tanta vida que tem significado pra mim, não fiquei triste. Senti gratidão pelo que passou. Além disso, me deu um friozinho na barriga ao pensar em todos os bons momentos que ainda virão para serem registrados. A vida é curta demais para não ser vivida com alegria e para não ser eternizada em uma foto.
Assim, com esse sentimento de que é preciso viver e ser feliz, saí com minha prima debaixo do sol escaldante e fomos comprar picolés. Quando voltamos pra casa, naqueles poucos instantes em que saboreávamos as delícias feitas de leite entre as conversas com nossos avós e a insistência do Scooby para que déssemos mais picolé a ele, pensei que esse era um bom dia para ser lembrado.
Depois, vim pra casa do meu namorado; e, entre um semáforo e outro, eu me perdi nos meus pensamentos imaginando o dia do nosso casamento; as datas festivas em que receberíamos os amigos em casa; a oportunidade de ver nascer e crescer nossos filhos que eu tanto amo; e outros milhões de momentos que merecerão uma foto e uma lembrança. Que beleza de vida!
Sabe, eu sou espírita, e acredito que não terminamos com a nossa morte. Há uma infinidade nos esperando depois dela. Centenas de outras encarnações, cheias de surpresas boas. Mas nem por isso eu me permito perder essas pequeninas alegrias. Pois posso até ter muitas outras vidas, mas nunca igual a essa. E isso torna tudo especial.
Sabe, eu sou espírita, e acredito que não terminamos com a nossa morte. Há uma infinidade nos esperando depois dela. Centenas de outras encarnações, cheias de surpresas boas. Mas nem por isso eu me permito perder essas pequeninas alegrias. Pois posso até ter muitas outras vidas, mas nunca igual a essa. E isso torna tudo especial.
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