quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O conhecimento liberta a alma


E minha alma quer ser livre.

Tenho pensado muito em ser professora. Depois de tantos anos estudando, sinto que começo a aprender coisas realmente importantes. E na minha ansiedade por mudar o mundo, talvez ensinar seja a minha pequena revolução.

Outro dia assisti ao filme "Uma professora muito maluquinha", baseado em um livro do Ziraldo. Desde a década de 40, a professora Catarina Roque era revolucionária. Contou histórias sobre as personalidades do mundo de maneira divertida; levou os alunos ao cinema para conhecerem a vida de Cleópatra; foi estudar geografia com eles em cima do morro pra que vissem que o mundo é maior que os livros; compreendeu suas angústias e os acolheu - ensinou um código para que as meninas pudessem escrever bilhetinhos sem que os meninos pudessem ler seus segredos; ensinou que é preciso lutar pelo amor e pela felicidade - ao desafiar as professoras que invejavam seus métodos e ao fugir com o padre que era o grande amor da sua vida; mostrou que todos eram importantes ao premiar cada aluno com uma medalha, reconhecendo o que eles sabiam fazer de melhor.

Porém, o melhor que ela fez por aquelas crianças foi ensinar que elas poderiam saber mais, sobre tudo o que quisessem, tinham um mundo a descobrir, e poderiam fazer isso por meio da leitura - na época ainda não tinham inventado a internet. Catarina fez o melhor que pode, e mostrou que quando ela fosse embora eles ainda poderiam sonhar e ser o que quisessem, pois só dependeria deles realizar. Esse é o verdadeiro papel do professor. Ajudar o outro a se libertar.

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